sexta-feira, 31 de julho de 2015

Peça teatral sobre a turma do sítio do Pica-pau Aamarelo

 TURMA DO SÍTIO DO PICA PAU AMARELO
                A peça inicia com a música do sítio do pica-pau amarelo. Surge o cenário, depois entra a Dona Benta e senta na cadeira. Ela começa a falar:
DONA BENTA: Era uma vez, um homem que contava histórias, falando das maravilhas do mundo encantado, que só as crianças podiam ver. Mas esse homem que falava às crianças conseguiu descrever tão bem essas maravilhas que fez todas as pessoas acreditarem nelas. Pelo menos, as pessoas que cresceram por fora, mas que continuaram a serem crianças em seus corações (entram os passarinhos).
DONA BENTA: Ele aprendeu tudo isso com a natureza, em lugares como este sítio, onde ele viveu. Há quem diga que foi aqui que ele descobriu todas essas maravilhas que levou para os livros. Há quem diga, que elas ainda moram aqui, entre as paredes desta casa. Há quem diga, que quem entrar aqui poderá talvez encontrar, um por um, todos os sonhos, encantos e maravilhas, junto à saudade, a grande saudade que ela guarda de um grande homem que soube falar às crianças.
DONA BENTA: Este homem, como muitos aqui sabem, foi Monteiro Lobato, considerado o pai da literatura infantil. Ele criou históricas maravilhosas, a maioria ambientada neste sítio, que ele chamou de Sítio do Pica-pau amarelo. Aqui todos os sonhos se transformam em realidade... (Monteiro Lobato entra e observa o sítio e a paisagem, passando pela Dona Benta e beijando sua mãe. Após ele sai pelo outro lado).
DONA BENTA: Vamos conhecer um pouco mais da minha turminha? Eu sou Dona Benta, a vovó do sítio. Adoro contar histórias para as crianças. Hoje vou apresentar quem faz parte da minha turminha. Iremos conhecer primeiro uma contadora de estórias, como eu e que é meu braço direito: Tia Nastácia. (Entra Tia Nastácia, batendo um bolo na mão).
TIA NASTÁCIA: Boa tarde para todos! Para quem não me conhece sou a tia Nastácia, a melhor quituteira deste e de todos os mundos que existem. Eu já cozinhei até para São Jorge, na Lua. Fui eu quem praticamente criou a Narizinho, e quem fez a Emília. Sou uma grande contadora de estórias. A turma do sítio adora ficar à noite ouvindo meus “causos”. Agora vou embora, porque tenho que colocar meu bolo no forno! Tchau, gente!(Ela sai do cenário).
DONA BENTA: Já que ela não pode ficar, vou chamar outro para se apresentar. Vamos começar pela Emília (entra o grupo de dança da Sabrina, com a coreografia. Depois, entra a Emília).
EMÍLIA: Oi, meu nome é Emília, sou uma boneca de pano, fui feita por Tia Nastácia. Era muda, mas Narizinho me levou até o Dr. Caramujo que me deu umas pílulas da fala. Agora posso falar tudo que penso. Acredito que a verdade é uma espécie de mentira bem pregada das que ninguém desconfia. Mas acho que já falei demais, pois a Dona Beta está me olhando com uma cara tão estranha... (Ela fala isso e vai saindo de fininho).
DONA BENTA: Essa Emília. Depois de tanta bobagem, vamos chamar o Visconde de Sabugosa que tem um pouco mais de cérebro... (Entra o grupo de dança da Marília. Depois, o Visconde).
VISCONDE: Sou Visconde de Sabugosa, fui feito de um sabugo de milho. Fiquei muitos anos esquecido em uma biblioteca, durante esse tempo li muitos livros, por isso adquiri muito conhecimento. Certa vez quase morri empanturrado de matemática. Por falar nisso, lembrei-me de uns cálculos que estava fazendo e preciso ir... (ele sai correndo)
DONA BENTA: O Visconde está sempre com pressa... Mas olhe que vem vindo lá! A Narizinho! (entra o grupo de dança da Marília. Depois, a própria Narizinho).
NARIZINHO: Olá, meu nome é Lúcia, mas todos me chamam de narizinho, por causa de meu nariz arrebitado. Sou neta de dona Benta e prima de Pedrinho. Gosto muito de pipoca e já sei fazer os bolinhos de polvilho da tia Nastácia. Adoro as férias, pois meu primo Pedrinho vem para o sítio e nós nos divertimos muito. Além disso, adoro brincar de boneca, principalmente com a Emília, que é a minha preferida. Ah, lá está ela! Vou te pegar, sua danadinha... (ela sai atrás da Emília).
DONA BENTA: Elas se amam... Mas vocês sabem que a Emília é casada? Adivinhem só, com um leitão! E ele vem vindo aí... (entra o Rabicó).
RABICÓ: Sou o Marquês de Rabicó e graças a Narizinho, que é minha amiga não fui parar no forno da Tia Nastácia. Minha diversão é comer. Falando nisso estou com uma fome! Alguém tem um lanchinho ai?
DONA BENTA: Há, há, há... Só o Rabicó mesmo....(nesse momento, Pedrinho grita: Vovó!). Olhem só, aí vem meu neto Pedrinho!(entra o grupo de dança da Sabrina. Depois, o Pedrinho com o bodoque).
PEDRINHO: Oi, meu nome é Pedrinho, tenho dez anos, sou neto da dona Benta e primo da Narizinho. Moro e estudo na cidade. O que mais adoro no mundo é passar as férias no sítio da vovó. Sou muito corajoso e gosto de viver muitas aventuras aqui no sítio. Em uma de minhas aventuras consegui prender o arteiro do saci em uma garrafa, e teve uma vez que apareceu uma onça no sítio organizei uma caçada e trouxe a bicha morta. (Ficar com um estilingue na mão). Por falar no Saci, aí vem ele! (Entra o saci, dançado no ritmo da música).
SACI: Sou o Saci. Minha diversão é assustar os animais no pasto e bagunçar a cozinha da Tia Nastácia. O danado do Pedrinho foi o único que conseguiu me prender em uma garrafa, depois ele me soltou e nos tornamos amigos. Ensinei a Pedrinho os segredos da floresta.

DONA BENTA: Nossa, é muita informação para um dia só, não é mesmo? Mas parece que está faltando alguém... Quem será?
PERSONAGENS, NO RECUO: É a Cuca!
DONA BENTA: Só podia ser a Cuca! Sempre atrasada (entra ao som da música).
CUCA: Cheguei! Como se atrevem a começar sem mim? Vou me vingar! Jogarei um feitiço em todos aqui! (risada malvada).
DONA BENTA: Calma Cuca, temos visitas! Comporte-se!
CUCA: Desta vez passa, desta vez passa, mas eu me vingarei. (risada e senta).

DONA BENTA: Eles ainda me matam com tanta confusão! Mas parece que vem vindo alguém aí... Ouçam...
DOM QUIXOTE: Ooooo de casa! Tem alguém aí?
DONA BENTA: Sim, vá se chegando!
DOM QUIXOTE: Boa tarde, nobre senhora. Qual a sua graça?
DONA BENTA: Me chamo Benta, mas todos me conhecem como Dona Benta. E o senhor, como se chama?
DOM QUIXOTE: Sou Dom Quixote e venho de La Mancha, na Espanha. Vim aqui porque me contaram que há um menino aqui que é muito corajoso e destemido. Onde ele está?
DONA BENTA: O senhor deve estar falando do meu neto, o Pedrinho. Por que o senhor gostaria de conhecê-lo?
DOM QUIXOTE: Estou à procura de um novo escudeiro. Meu fiel amigo Sancho está adoentado e não posso pelear sozinho por este mundo...
DONA BENTA: Mas meu neto é muito jovem para sair pelo mundo...
PEDRINHO: Ah, deixa vovó...
TODOS: Deixa, deixa...
DOM QUIXOTE: Vou precisar muito de vosmecê, Pedrinho. Fiquei sabendo que nessa mata existem feras enormes, que eles chamam de onça.
PEDRINHO: Ah, sim, mas hoje em dia é proibido caçar onças, porque elas estão em extinção!
DOM QUIXOTE: Que pena! Achei que aqui viveria grandes aventuras, pois me contaram maravilhas sobre o sítio. Dizem que aqui todas as histórias se tornam reais...
DONA BENTA: Receio desapontá-lo, mas meu neto não iria mesmo com o senhor, de qualquer maneira. O que acha de tomarmos uma xícara de chá?
DOM QUIXOTE: Agradecido, mas preciso ir andando. O mundo precisa muito de mim! Vou até a escola Nero cantando uma música inspirada em uma obra de um grande amigo meu, o Sr. Mário Quintana. É que a biblioteca de lá foi batizada com o seu nome e preciso dar um alô para a garotada. Adeus, meninada!
(Nesse momento, entra a música da marcha).

Pé de pilão

Pé de pilão
Arreda camundongo pra passar o batalhão
Sai da frente que atrás vem gente
Muita atenção
Que aí vem a turma do pé quente
Pé de pilão
Olha o corre-corre da corrente


Pé de pilão
A gente inventa e topa qualquer questão
De carona na imaginação
Vamos em frente até o final feliz
Pé de pilão
Pobre de quem atravancar o caminho
Eles todos passarão
E eu passarinho.


DONA BENTA: Bem gente, essa á nossa turma. Não deixem de ler sobre as nossas aventuras. Vocês as encontram nas bibliotecas mais próximas. Não percam também nossa próxima aventura, as reinações de Narizinho. O que acham de uma despedida?
Crianças: oba!!!!
(Entram todos para dançar e cantar):

Música do Sítio do Pica-Pau Amarelo

Marmelada de banana, bananada de goiaba
Goiabada de marmelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Boneca de pano é gente, sabugo de milho é gente
O sol nascente é tão belo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Rios de prata, pirata
Vôo sideral na mata, universo paralelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
Sítio do Pica-Pau amarelo
No país da fantasia, num estado de euforia
Cidade polichinelo
Sítio do Pica-Pau amarelo.

Personagens:

Emília –  (sapatilha vermelha, meia calça branca, meia colorida, vestido vermelho e amarelo, peruca e maquiagem).
Pedrinho –  (macacão de tecido ou de brim, camiseta azul, bota de borracha, bodoque).
Narizinho –  (vestido curto, meia calça branca, sapatilha e tiara).
Saci –  (calção vermelho com suspensório, toca e cachimbo)
Visconde –  (calça verde, palitó verde com palha de milho, cabelo laranja e chapéu).
Rabicó –  (macacão, meia calça rosa e segunda pele rosa, máscara de porco ou pintura, sapatilha rosa).
Cuca –  (máscara, saia verde e amarelo).
Tia Nastácia –  (saia longa, avental, bacia com colher, maquiagem, camisa branca, lenço branco, sapatilha).
Dona Benta –  (saia longa, camisa manga longa, camafeu, sapatilha).
Passarinhos –  (blusa branca, meia calça branca, saia rosa e sapatilha rosa, asa colorida) e Natália (sapatilha preta, meia calça preta, saia rosa e blusa rosa, asa colorida)

Cenário

Fundo pintado em tecido do sítio; cadeira de balanço para Dona Benta.

Sonorização
Música do sítio
Emília
Visconde
Narizinho
Pedrinho
Saci
Cuca

Sítio do pica-pau amarelo

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